"Elemento vital às espécies humana e não-humana, mas também metafórico e emocional, a água doce é simultaneamente política e economia, sendo, por isso, urgente a discussão pública sobre a proteção, a gestão e o futuro deste recurso natural. Estas são questões globais com manifestações dramáticas em distintas especificidades do território português.
Com foco em sete hidrogeografias, Fertile Futures encomenda a jovens arquitetas e arquitetos, em colaboração com especialistas de outras áreas de conhecimento, a apresentação de modelos propositivos para um amanhã mais sustentável, em cooperação não hierarquizada entre disciplinas, gerações e espécies.
Os sete casos em estudo exemplificam a ação antropocêntrica sobre recursos hídricos, naturais e finitos, nomeadamente: na Bacia do Tâmega; no Douro Internacional; no Médio Tejo; na Albufeira do Alqueva; no Rio Mira; na Lagoa das Sete Cidades; e nas Ribeiras Madeirenses.
Fertile Futures defende a pertinência do papel da arquitetura no desenho de um futuro colaborativo, descarbonizado e descolonizado, a partir de uma abordagem heterogénea, aberta à experimentação, ao diálogo e à reflexão comum, focada na realidade do território português."